Quadrilha é alvo de operação após fazer idosa de São José perder mais de R$ 3,2 milhões em golpe
12/11/2025
(Foto: Reprodução) Polícia deflagra operação contra grupo que aplicava golpes financeiros
Uma quadrilha responsável por aplicar um golpe financeiro em uma idosa que perdeu mais de R$ 3,25 milhões em transferências bancárias foi alvo de uma operação da Polícia Civil nesta quarta-feira (12).
De acordo com a Polícia Civil, a idosa de 66 anos é de São José dos Campos (SP) e foi vítima um estelionato conhecido como 'golpe do bilhete premiado', em novembro de 2024.
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Após receber uma denúncia sobre o crime, a polícia descobriu um grupo criminoso formado por pelo menos 23 pessoas. Elas são investigadas por estelionato e lavagem de dinheiro.
Nesta quarta-feira, os policiais civis cumpriram 15 mandados de busca e apreensão contra alvos da investigação em São José e outras cidades do país, como Rio Claro (SP), Nova Odessa (SP), Atibaia (SP), Salvador (Bahia) e Londrina (Paraná).
Segundo a Polícia Civil, ninguém foi preso, mas foram apreendidos R$ 300 mil, 30 mil euros, 50 mil dólares, 20 celulares, quatro computadores, um tablet, um carro (Jeep Compass), um pendrive, um HD (dispositivo de armazenamento) e documentos, que serão usados na investigações.
Além disso, 23 contas bancárias foram bloqueadas, cada uma no valor de R$ 3,25 milhões, totalizando mais de R$ 74,7 milhões.
A operação 'Golpe da Sorte' foi conduzida pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São José e contou com o apoio das corporações de outras cidades. Ao todo, 50 policiais participaram da ação
Polícia deflagra operação contra grupo que aplicava golpes financeiros
Divulgação/Polícia Civil
Como a polícia descobriu o suspeitos
Segundo a DIG de São José dos Campos, a denúncia do golpe sofrido pela idosa deu início a uma série de análises dos destinos dos valores das transferências feitas por ela para contas de pessoas intermediárias.
Os valores, ainda de acordo com a investigação, foram enviados para casas de câmbio em operações fracionadas após as transferências feitas pela idosa. Em seguida, os valores eram convertidos em criptoativos.
Polícia deflagra operação contra grupo que aplicava golpes financeiros
Divulgação/Polícia Civil
Por meio dos criptoativos, a polícia conseguiu identificar carteiras digitais usadas pelos responsáveis pelo golpe
"Através de cruzamento de dados bancários, registros de operadoras de criptoativos e relatórios do COAF, foi possível mapear todo o fluxo de conversão e ocultação dos valores, chegando aos operadores e beneficiários finais", explica a Polícia Civil.
De acordo com a polícia, o grupo criminoso especializado na lavagem de dinheiro após os estelionatos conta com uma rede estruturada e atua em diversos estados do país
Polícia deflagra operação contra grupo que aplicava golpes financeiros
Divulgação/Polícia Civil
O golpe
No 'golpe do bilhete premiado', os criminosos abordam vítimas - geralmente idosas e com alto poder aquisitivo -, alegando que têm um bilhete de loteria premiado, mas que não conseguem retirá-lo.
Os golpistas, então, oferecem o suposto bilhete às vítimas, em troca de transferências bancárias com valores menores em relação ao do bilhete.
Como funciona o golpe do bilhete premiado
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