Justiça mantém prisão de suspeito de ter envolvimento no assassinato de motorista de aplicativo de São José dos Campos, SP
17/10/2025
(Foto: Reprodução) Motorista de aplicativo de São José dos Campos que estava desaparecido é encontrado morto
A Justiça negou um pedido de liberdade e manteve a prisão de um homem que é suspeito de ter envolvimento no assassinato de um motorista de aplicativo de São José dos Campos, no interior de São Paulo. A decisão é desta sexta-feira (17).
O homem é acusado de ter envolvimento na morte de Carlos Eduardo de Faria Cesar, de 23 anos, morador de São José dos Campos. Ele desapareceu no dia 5 de setembro, quando havia sido visto pela última vez trabalhando. Dois dias depois, o corpo do motorista foi encontrado com marcas de tiros na estrada municipal Abade Biagino Chieffi, em Jacareí - relembre o caso abaixo.
Em setembro, a Polícia Civil informou que considerava esclarecido o assassinato do motorista de aplicativo. Para a polícia, Carlos Eduardo foi vítima de um latrocínio - roubo seguido de morte. Dois homens suspeitos de envolvimento no crime foram presos: Clayton Luiz Moreira Junior e Jonathan Eduardo Sousa Goulart.
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Segundo a Justiça, a defesa do suspeito Jonathan Eduardo Sousa Goularte, de 23 anos, entrou com um pedido de liberdade provisória, alegando que ele não teve participação ativa na morte do motorista.
Ainda segundo o documento judicial, a defesa argumentou que o homem tem emprego, residência fixa, se apresentou voluntariamente na delegacia e tem colaborado com a investigação.
Carlos Eduardo de Faria Cesar, motorista de aplicativo de São José dos Campos que foi assassinado em Jacareí
Imagem cedida pela família
No entanto, a juíza Gabriela Souto Silveira, da 2º Vara Criminal de Jacareí, negou o pedido, alegando que não houve mudanças jurídicas que justificassem a liberdade para ele. Com isso, a juíza manteve a prisão cautelar de Jonathan.
"O pedido não merece ser acolhido, uma vez que desde a decisão que decretou a prisão preventiva do réu até a presente data não houve qualquer fato substancial que alterasse a situação fática e jurídica", afirmou a juiza.
"Assim, considerando que no caso em comento estão configuradas as condições da prisão preventiva, bem como que o crime de roubo agravado é gravíssimo, com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos, impõe-se a manutenção da custódia cautelar do acusado, para garantia da ordem pública", completou a magistrada.
Ao g1, a defesa de Jonathan informou que "ainda será notificada da decisão que o mantém preso preventivamente, e, neste momento, não vai se manifestar".
Carro do motorista de aplicativo de São José dos Campos que foi encontrado morto
Pedro Melo/TV Vanguarda
Prisões
Jonathan, de 23 anos, foi o segundo suspeito a ser preso por suspeita de envolvimento no crime. Ele se apresentou para a polícia na tarde do dia 9 de setembro, após o mandado de prisão ser expedido pela Justiça.
Ele também já era considerado foragido da Justiça desde julho deste ano pelo crime de furto. Após ser ouvido, o suspeito foi encaminhado para cadeia de Caçapava.
Já Clayton foi preso no dia 7 de setembro em uma adega no Bosque dos Eucaliptos, em São José. Segundo o boletim de ocorrência, ele admitiu que, com o comparsa, matou Carlos porque haviam roubado o motorista e ele sabia onde eles moravam.
O suspeito, segundo o boletim de ocorrência, disse que mandou o motorista se ajoelhar e efetuou três disparos contra a vítima. Apesar da confissão informal, que consta no BO, ele permaneceu em silêncio ao ser interrogado.
Motorista de aplicativo de São José dos Campos que estava desaparecido é encontrado morto
Reprodução/TV Vanguarda
O caso
O corpo de Carlos Eduardo foi encontrado em uma área de mata no bairro Pagador Andrade, em Jacareí, no dia 7 de setembro. O local fica a cerca de 25 km de onde o carro dele havia sido encontrado.
O delegado responsável pelo caso, Diego Pinto do Amaral, disse que identificou aos suspeitos por meio de movimentações bancárias.
“O banco informou: o dinheiro saiu da vítima e foi para a conta 'x'. Aí nós identificamos o proprietário dessa conta, fomos até ele na noite de sábado (6), ele foi cientificado do que estava acontecendo e colaborou. Ele explicou que realmente um colega teria pedido a conta para transferir um valor na madrugada do sábado e que ele sacou esse dinheiro durante o dia e esse indivíduo teria recebido em espécie os R$ 600”, contou o delegado.
Esse homem não é investigado, segundo a Polícia Civil.
Carlos Eduardo de Faria Cesar, motorista de aplicativo de São José dos Campos
Imagem cedida pela família
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