Justiça define data do júri popular de dupla acusada de participar da morte de advogado em Taubaté
11/09/2025
(Foto: Reprodução) Júri de acusados pela morte de advogado será na próxima semana
A Justiça de Taubaté definiu a data do júri popular dos dois homens acusados por envolvimento na morte do advogado criminalista Leonardo Bonafé, que foi executado em agosto do ano passado.
De acordo com apuração da Rede Vanguarda, o júri popular vai acontecer nos dias 18 e 19 deste mês. Foram reservados dois dias para o julgamento por conta do grande número de testemunhas previstas: são 13 no total.
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Leonardo tinha 25 anos e era filho do advogado e então candidato a prefeito de São Luiz do Paraitinga, Flavio Bonafé (MDB). Ele foi atingido por pelo menos seis disparos de arma de fogo quando chegava ao trabalho e não resistiu aos ferimentos.
Os réus são Carlos Ramon da Silva Gonçalves e Marcelo Henrique Carvalho Coppi, que estão presos.
Em nota, a defesa de Carlos Ramon manifestou pesar e se solidarizou com o caso. O advogado afirmou que "o réu jamais participou ou prestor qualquer auxílio material ao delito, como sustentou em todas as fases da investigação e da instrução".
A nota continua com a defesa afirmando que "confia que, no dia do julgamento pelo Tribunal do Júri, todos os fatos serão devidamente esclarecidos, para que a justiça prevaleça".
Já a defesa de Marcelo Coppi disse que confia que "os jurados terão a certeza de que jamais participou de qualquer crime" e que Marcelo "sente muito pelo crime e deseja que os verdadeiros culpados sejam em breve presos e julgados".
Advogado é morto a tiros em carro na região do Três Marias, em Taubaté, SP
Foto 1: Arquivo pessoal | Foto 2: Lucas Rodrigues
O caso
O advogado criminalista Leonardo Bonafé foi assassinado a tiros no dia 28 de agosto, na região do Parque Três Marias, em Taubaté (SP). Ele tinha 25 anos e era filho do advogado e então candidato a prefeito de São Luiz do Paraitinga, Flavio Bonafé (MDB).
Polícia investiga morte de advogado em Taubaté
O crime aconteceu por volta das 10h10, na rua Newton de Vasconcellos. Segundo a Polícia Civil, Leonardo chegava de carro para trabalhar, quando foi atingido por pelo menos seis disparos. Ele morreu no local.
Leonardo foi velado na capela das Mercês, em São Luiz do Paraitinga. O enterro foi realizado no cemitério da cidade.
Na ocasião, a assessoria de imprensa de Flávio Bonafé afirmou em nota que o filho dele "teve seus sonhos interrompidos por um crime bárbaro".
Jovem é morto a tiros dentro de carro em Taubaté; vítima é filho de candidato a prefeito em São Luiz do Paraitinga
Lucas Rodrigues/TV Vanguarda
Prisões
Marcelo Henrique Carvalho Coppi foi preso primeiro, no dia 6 de setembro do ano passado. Em outubro, Carlos Ramon da Silva Gonçalves foi encontrado em Valinhos e também acabou preso.
Eles foram denunciados pelo Ministério Público por participação em homicídio com uso de traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
De acordo com a denúncia do MP, eles não são os executores do crime, mas participaram do caso pois prepararam e forneceram o carro aos executores.
O carro em questão - um Jeep Renegade preto - é peça importante no caso, pois os executores estavam dentro dele quando efetuaram os disparos contra o advogado.
Depois de cometerem o crime, os criminosos fugiram no carro, que horas depois foi encontrado queimado na estrada do Sete Voltas, na zona rural de Taubaté.
Carro usado na morte de Leonardo Bonafé foi encontrado queimado na estrada do Sete Voltas, na Zona Rural de Taubaté
Reprodução/TV Vanguarda
A Justiça acatou o pedido do Ministério Público argumentando que há indícios suficientes da participação de Marcelo Henrique e Carlos Ramon no crime.
De acordo com a Justiça, Marcelo era o dono do Jeep Renegade preto clonado e levou o carro até um estabelecimento que o adulterou para a prática do crime. Já Carlos, ainda segundo a Justiça, foi quem entregou o carro aos executores.
“Marcelo era o possuidor do veículo clonado utilizado para o crime e o levou até estabelecimento comercial para a realização das modificações necessárias para a prática do delito. Posteriormente, Marcelo ainda auxiliou Carlos em sua fuga para a cidade de Valinhos. Além disso, Carlos teria sido o responsável pela entrega do veículo Jeep Renegade aos executores do crime de homicídio”, disse a Justiça na decisão.
No documento da decisão, a Justiça de Taubaté cita ainda que a participação da dupla no crime está comprovada pois foi descoberto, por meio de conversas nos celulares deles, que Carlos, preocupado com a investigação, pediu que um motoqueiro fosse até o local em que o Jeep Renegade preto foi entregue aos executores para descobrir se havia câmeras de segurança na região.
Homem é morto a tiros em carro na região do Três Marias, em Taubaté, SP
Lucas Rodrigues/TV Vanguarda
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